segunda-feira, 29 de junho de 2009

AH1N1, codigo do inferno

Hoje minha mãe chilena chegou aqui dizendo que metade dos 30 brasileiros que desembarcariam na minha escola amanha não viriam mais.

Triste. Não que me falte semelhantes por perto, mas por perceber que nosso povo é de fato ignorante. Não é ofensa gratuita não, é constatação da falta de informação que me parece uma característica tão marcante nos brasileiros como samba, futebol e falta de senso politico.

Passei longe de uma faculdade de medicina, mas por aqui convivo com duas pessoas que freqüentam o meio. Um é estudante, o outro pesquisador. Ambos tem uma abordagem bem sólida sobre o assunto. Em comum os seguintes argumentos:
  • Qualquer gripe pode matar, principalmente crianças, idosos e demais pessoas com sistema imunológico. A OMS afirma que todos os anos 250 a 500 mil pessoas morrar por conta de mutações da gripe comum.
  • Algumas das pessoas que morreram, o caso do Brasil inclusive, era de pessoas que chegaram apresentando quadro de pneumonia, doença que por aí mata aproximadamente 20 mil pessoas por ano, na faixa acima dos 65 anos.
  • A maior parte dos casos chilenos está no sul do país, onde as temperaturas estão muito mais baixas.
A ultima morte aqui no Chile foi de um menino de 5 anos que chegou a uma clinica no interior com obstrução bronquial e distrofia muscular de Duchenne, uma doença hereditária que provoca degeneração muscular. Era um quadro de 3 dias de gripe. Ao todo, 14 pessoas morreram por aqui por conta da gripe.

A comunidade brasileira em Santiago do Orkut aponta um grupo significativo de pessoas que apresentaram o vírus. Todos se trataram, todos estão bem.

No que eu acredito? Acredito que estou tão em risco quanto vocês. E que ao menos no Chile os números reportados conferem com a realidade. Se vale a pena cancelar uma viagem pra cá por conta da gripe. Na minha visão não. Mas não custa ficar atento, principalmente se você é daquelas pessoas que fica doente fácil.

!Hasta!

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